18/06/2022 • 09:00 às 18:00

Behavioral Systems Design: um framework para criação de novas organizações

Em diversos países, empreender se tornou uma forma de gerar inovações, causar impacto social e buscar uma carreira mais alinhada com os propósitos de vida. No entanto, a alta taxa de fechamento de novas empresas, a instabilidade econômica e política e a concorrência acirrada têm tornado empreender uma atividade com ganhos extremamente incertos. Em decorrência desse contexto de incertezas, nos últimos anos têm aumentado o número de frameworks que apontam diretrizes para os empreendedores, mas poucos levam em consideração análises detalhadas dos comportamentos dos empreendedores e dos sistemas sociais dos quais as novas empresas fazem parte. Em contrapartida, as ciências comportamentais têm investigado muito sobre o comportamento humano e sobre sistemas sociais, mas grande parte das ferramentas desenvolvidas para organizações funciona muito bem para solução de problemas em organizações já consolidadas (como Performance Management e Behavioral Systems Engineering), sendo utilizadas muitas vezes por consultores, e ainda que seja possível aplicar as estratégias a novas organizações, essa aplicação parece custosa e muitas vezes requer conhecimento de frameworks para empreendorismo. Esse workshop tem como objetivo apresentar, por meio de atividades práticas, uma nova abordagem ao empreendedorismo resultante do diálogo entre as ciências comportamentais e os frameworks existentes para empreender.

Parte 1 - A pessoa que cria uma organização

O que é preciso para criar uma organização? Basicamente quatro habilidades: autogerenciamento, tomada de decisão, resolução de problemas e autoconhecimento. Nesta parte serão discutidas como essas habilidades podem ser exercitadas para facilitar a criação de uma organização.

Parte 2 - Total Performance Systems

Sistemas comportamentais são basicamente formados por comportamentos, interações entre esses comportamentos e resultados individuais e coletivos. Sistemas comportamentais estão em todas as partes, por isso, essa é uma visão essencial para se criar uma organização. Nesta parte, serão apresentadas as principais noções de sistemas organizacionais por meio do Total Performance System, que auxiliará a compreender a lógica de transformação desses sistemas.

Parte 3 - Macrossistema e identificação de nicho

Um tipo de sistema comportamental extremamente importante é o macrossistema, o sistema que compõe a organização como um todo. Entender o macrossistema implica identificar os problemas e as virtudes bem como as oportunidades para a definição de um nicho mais certeiro. Nesta parte, serão feitas atividades que levarão a um esboço de estudo do macrossistema e uma primeira versão da missão organizacional.

Parte 4 - Método científico experimental e criação de novos negócios

As ciências comportamentais se construíram a partir de experimentos contínuos e graduais, no entanto, atualmente as principais ferramentas construídas por elas para aplicação em organizações ainda que tenham como foco a mensuração contínua de comportamentos, a ideia de experimentação parece estar mais distante. Tendo isso em vista, nesta parte será feita uma aproximação entre a base do método experimental, incluindo o single subject design, com as diretrizes apontadas pelo movimento Lean Startup.

Parte 5 - A primeira versão da empresa

Aqui vamos juntar a noção do famoso Business Model Canvas com o Total Performance System e começar o planejamento de sua organização. Serão identificados os produtos, os recursos necessários (intelectuais, pessoais, financeiros, tecnológicos, etc.), a estruturação de processos centrais, os usuários e compradores (ou financiadores), os competidores e concorrentes e as principais métricas (KPIs) para cada componente do Total Performance System.

Parte 6 - Rodando a empresa

Nesta parte será feito o planejamento de todas as tarefas para que a empresa saia do campo das ideias. Essas tarefas deverão levar em conta a construção do time inicial necessário, a manutenção da motivação do empreendedor e do seu time e a priorização da construção de processos de trabalho.